quarta-feira, 1 de julho de 2015

DEPUTADOS DO PPS REPUDIAM DECLARAÇÕES DE ALEXANDRE PEREIRA



Deputados Tomaz Holanda e Moses Rodrigues lançam Nota de Repúdio em resposta as calúnias feitas por Alexandre Pereira, presidente do PPS-Ceará, aos parlamentares cearenses da sigla durante um programa de rádio no município de Sobral, nesta quarta-feira (01).


"Existe uma grande diferença entre o ponto de vista e a vista de um ponto.
No ponto de vista do Presidente Estadual do PPS cearense, o nosso partido teria que apoiar a reeleição do Prefeito de Fortaleza em 2016, que faz parte do grupo político que domina o Estado nos últimos anos e do atual Governador, que é do Partido dos Trabalhadores. O Presidente Estadual defende ainda que não existe contradição nesse apoio, visto que o PPS já foi aliado dessa corrente política.
Observando pela vista de um ponto não existe nenhuma justificativa coerente e plausível que poderia levar o PPS a apoiar o atual prefeito. Visto que existe uma orientação do diretório nacional que o PPS não fará coligações com o Partido dos Trabalhadores em face dos desmandos que esta sigla tem causado ao país. Além disso, foi justamente contra esse grupo formado pelo ex-governador, pelo prefeito de Fortaleza e pelo atual governador petista que o PPS se posicionou contra na última eleição.
Quanto ao argumento de que não podemos ser oposição, porque já fomos um dia aliados, é não admitir o salutar dinamismo da política; é não reconhecer que o que fomos é história e que nesse instante o que importa é o que somos; é ser conivente com a atual forma que a corrente que está no poder vem conduzindo o Estado, de maneira arbitrária, neoliberal e imprudente com as contas públicas; é não admitir que se muda de opinião quem as tem, todavia, o PPS muda, evolui, mas de acordo com a agenda da sociedade, sem comprometer sua essência; é enfim, mudar de lado para ter o direito de mudar e não de se ser mudado; é portanto, considerar que assim como o PPS, os diretórios do PSB, PMDB, PSDB e PR não tenham, também, o direito e o dever de firmar posição contrária ao grupo que está no poder.
Retornando ao ponto de vista do Presidente, poderíamos alegar que o PPS, ao não apoiar a reeleição do prefeito de Fortaleza, perderia as beneficias dos cargos que ocupa no governo estadual do PT e na prefeitura municipal.
No entanto, voltando à vista de um ponto, o PPS tem é que entregar os cargos que existem atualmente na prefeitura de Fortaleza e no governo do PT e formalizar que somos contra a atual conjuntura política existente no Estado do Ceará, para assim, dar inicio a uma oposição capaz de construir um plano de governo que atenda aos anseios da população cearense, onde o PPS seja um dos protagonistas dessa história e não um mero coadjuvante capaz de destruir compromissos com a sociedade em troca de cargos públicos. Pois, como colocou o presidente de honra do PPS, “O PPS não se vende, o PPS não se rende, e quem um dia acreditou que éramos apenas ‘mais um partido’ não nos conhece; logo, não nos representa”.
Portanto, insistir nesse apoiamento é o mesmo que afirmar que agiremos de forma imprudente as nossas convicções e às orientações do nosso diretório nacional. É criarmos um movimento que não tem sustentação histórica, política, estatutária e o mais grave, ética. Enfim, é não reconhecer que além do ponto de vista existe a vista de um ponto".

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